O CRMV-MG, junto ao CFMV, presta apoio à médica-veterinária dra. Talita Fausto da Motta Santos, vítima de atos racistas na última semana. Atuante na área de pets não convencionais, Talita foi constrangida enquanto ministrava palestra on-line em evento promovido pelo Grupo de Estudos de Animais Selvagens (Geas) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu.

Reafirmamos o compromisso institucional com a promoção da igualdade étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, repudiando toda e qualquer manifestação de preconceito contra negras, negros, indígenas, quilombolas, mulheres, membros da comunidade LGBTQIA+, pessoas com deficiência e todos os grupos sociais historicamente discriminados neste país.

Esse tipo de caso não é isolado e reflete o racismo estrutural de uma realidade de desigualdade e discriminação na sociedade brasileira. Tais episódios trazem ao debate público a preocupação com a responsabilidade ética dos empresários, educadores e trabalhadores com a necessidade de se enfrentar o racismo dentro das instituições públicas e das organizações privadas.

A Lei nº 7.716/1989 e o Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288/2010) definem o racismo como crime inafiançável, inaceitável e indefensável, denunciado pela resistência ancestral e pelos movimentos sociais negros do Brasil em sua luta contra o mito da democracia racial. Atos que envolvam denúncias de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, devem ser devidamente apurados e, quando for o caso, punidos.