O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou nesta segunda-feira (25) a Portaria nº.665, que reconhece nacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação os estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.  

A Portaria ainda proíbe o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa nessas Unidades da Federação e, também, restringe movimentação de animais e de produtos desses locais para as demais áreas que ainda praticam a vacinação no país. A proibição do trânsito de animais permanecerá em vigor até que a OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) conceda internacionalmente o reconhecimento do status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação a todas as Unidades da Federação. A normativa publicada hoje passa a valer a partir de 02 de maio.

Na oportunidade, o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais reitera a importância dos esforços realizados pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), para o recebimento desta certificação.

PROCESSO

O processo de transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação está previsto no plano Estratégico do Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA). A meta é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026. Para realizar a transição de status sanitário, os Estados e o Distrito Federal atenderam aos critérios definidos no Plano Estratégico, que está alinhado com as diretrizes do Código Terrestre da OMSA. 

Já para a conquista do reconhecimento internacional, a Organização exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por, pelo menos, 12 meses. O reconhecimento como sem vacinação abre caminhos para que os produtos pecuários oriundos destes Estados possam acessar os mercados mais exigentes do mundo. Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). 

CAMPANHA

Em abril será realizada a última imunização contra aftosa nos estados da Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Sergipe e parte do estado do Amazonas.  Já para os estados que não irão suspender a vacinação, que é o caso do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, as etapas de vacinação contra a febre aftosa em 2024 continuam nos meses de maio e novembro. 

A declaração de vacinação deve ser realizada nos prazos estipulados pelo serviço veterinário estadual. 

PRÊMIO COFTOSA

No dia 29 de novembro, o Conselho Federal de Medicina Veterinária realizou a entrega do Prêmio Coftosa - Prêmio de Conscientização da Retirada da Vacinação contra a Febre Aftosa. A iniciativa tem o objetivo de reconhecer, premiar e disseminar boas práticas profissionais voltadas à educação e comunicação social, promovidas por estudantes de Medicina Veterinária e Zootecnia.

O Prêmio foi destinado a estudantes e professores dos cursos de Medicina Veterinária e/ou de Zootecnia, de qualquer período de instituições de ensino superior que tenham registro ativo e regular junto ao CRMV-MG e que estejam localizadas em Minas Gerais. 


O CRMV-MG enfatiza que o prêmio, os projetos e ações realizadas pela autarquia constituem contribuição que objetivam apoiar as atividades de educação continuada e a formação de novos profissionais.





Informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)

Assessoria de Comunicação CRMV-MG